terça-feira, dezembro 14, 2010

Um pouco de chuva, um gosto de chuva

Se uma palavra pudesse traduzir esse ano eu acho que seria AVASSALADOR. 2010 não foi rápido, foi uma explosão invisível. Nas passadas largas do boom da comunicação digital as pessoas começaram a viver a vida do MUNDO, e não mais sua própria evolução. Você faz a sua rotina, acompanha os mineiros no Chile, assiste o que é cool, comenta novas tendências, se preocupa com o pensamento de terceiros, assume mil tarefas, é obrigado a consumir mais com as milhares de opções que surgem a cada piscar, se apresenta mais, se aproxima menos... É difícil acompanhar quem já está na estrada a 4,56 bilhões de anos.

Dezembro chegou e com ele muitas viradas, apesar de uma exceção: 22 na casa dos 22. Sei lá, soa bem ir além.

Refúgio, Under The Bridge

partidas e chegadas
uma vez ocorrido
sempre na história
idas e voltas
uma vez dito
sempre na memória

o toque, a distância
para sempre
ou só alguns dias
prever algo,
eu não me arriscaria
sentado na janela
olhando estrelas em noites frias
pensarei em você,
refugiando-me na poesia
escrevendo coisas para a lua
que eu só queria te dizer,
mas não podia.



Medulla, Eterno Retorno

"Sei lá,
quando ama tem
Quando fica sem,
não sabe direito como respirar

E as coisas que agora vem, ainda trazem,
um pouco de chuva, um gosto de chuva

A coragem que o guarda tem,
quando prende alguém
não serve pra nada

Quando o amor chamar
e o desespero que com a vida vem
O amor vai além, o amor vai muito mais além

Se os dias fossem como girassóis
e nada nos fizesse esquecer
e o mundo nos deixasse por um instante a sós
e o tempo parasse só nesse instante

Se é mesmo a vida quem desata os nós
e o medo dela não nos deixa entender

O universo inteiro numa casca de noz

Impõe a lei do eterno retorno
Mas, vem feito coice,
Cabou-se o que era doce
O vento sempre leva o que trouxe,
mais dia menos dia, alivia.
E eu já nem sinto mais o cheiro dela

Mas, vem feito coice,
Cabou-se o que era doce
O vento sempre leva o que trouxe,
mais dia menos dia, alivia.
E eu já nem sinto mais o cheiro dela
Noite...

Sei lá,
quando ama tem
Quando fica sem.
Se é mesmo a vida quem desata os nós
(e o medo dela não nos deixa entender)

O universo inteiro numa casca de noz
Impõe a lei do eterno retorno
Mas, vem feito coice,
Cabou-se o que era doce
O vento sempre leva o que trouxe,
mais dia menos dia, alivia.
E eu já nem sinto mais o cheiro dela

Mas, vem feito coice,
Cabou-se o que era doce
O vento sempre leva o que trouxe,
mais dia menos dia, alivia.
E eu já nem sinto mais o cheiro dela
Noite..."



Yan

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