quinta-feira, maio 27, 2010

Tardes de um outono qualquer

No encontro, risos escondidos e silêncio
Nossos olhares lentamente dizendo
Que mesmo depois desse tempo
Ainda sabiam brilhar
Pouca conversa em sorrisos nascendo
Furtivos e sinceros, de mãos dadas em pensamento
Almas reconhecendo-se no mundo
Que parou querendo, apreciar esse momento
E se esqueceu de girar...

O tempo é rei, Rei Tempo
Arrasta sedento, eterno e lento
Seus ventos varrendo paixões ao relento
Intensos momentos: mil beijos chovendo
Na língua o veneno... Nossos lábios serenos
Correndo no tempo, se amando morrendo
Sem saber em que novo emprego,
Irão se encontrar...



Charlie Brown Jr., Como Tudo Deve Ser

PS.: essa mulecada de 10/16 anos de hoje não sabe muito bem o que é rock nacional né? Chamar Fresno, Banda Cine, NX Zero e outras coisas que vejo e ouço por aí surgindo na cena nacional de rock'n'roll é sacanagem. Parece que esqueceram quem e o que Legião, Paralamas, Titãs, Lobão, entre outros foram e fizeram. Como diria o Serguei: Coitadinhos... O pior é ver as gravadoras e meios de comunicação (cada vez mais poderosos e absolutos) apoiando e influenciando toda essa garotada - que absorve cada vez mais e se aprofunda cada vez menos - com esse lixo. Deixo pra vocês do Charlie Brown, original e símbolo de toda uma juventude, uma música que é no mínimo top3 na trilha sonora da minha vida. De resto? Deixa rolar.

"Vamos viver nossos sonhos,
temos tão pouco tempo..."

Yan

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